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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Rádio de mão-dupla dobra velocidade de redes wireless

Rádio de mão-dupla dobra velocidade de redes wireless

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/02/2011
Rádio de mão-dupla dobra velocidade de redes wireless
Os cientistas descobriram uma forma de fazer com que o equipamento que está transmitindo filtre sua própria transmissão, o que o torna capaz de processar o que está sendo recebido naquele mesmo instante. [Imagem: Stanford University]

Câmbio

Você já se perguntou porque pilotos e outros profissionais que usam comunicação por rádio sempre falam "Câmbio" quando terminam de falar?

É por que a comunicação por radiofrequência é uma via de mão única, o que obriga os interlocutores a combinarem uma forma de definir a hora de cada um falar.

Ao dizer "Câmbio" (over, em inglês), passa-se a palavra para o outro.

Isso ocorre porque o tráfego das ondas de rádio pode fluir apenas em uma direção de cada vez em uma frequência específica.

Câmbio binário

E isso não é assim apenas para os pilotos, profissionais de emergência, radioamadores e usuários de walkie-talkies, mas em qualquer comunicação por radiofrequência - incluindo aquelas que mais recentemente está-se convencionando reunir na categoria de wireless.

Ao trocar dados, um equipamento envia uma espécie de "câmbio binário" para que o equipamento receptor saiba que todos os dados já chegaram e que ele pode responder.

As redes de telefonia celular permitem que os usuários falem e ouçam ao mesmo tempo, mas elas usam uma forma de contornar essa deficiência que é caro e exige um planejamento cuidadoso, uma técnica menos viável para as outras redes sem fio, incluindo as Wi-Fi.

Rádio de mão-dupla

Agora, engenheiros da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram os primeiros rádios capazes de enviar e receber sinais simultaneamente.

O impacto da descoberta é imediato: ela equivale a dobrar a velocidade na troca de informações de qualquer tecnologia sem fio.

"Os livros didáticos dizem que você não pode fazer isso," afirma Philip Levis, coordenador da pesquisa. "Este sistema reconstrói completamente todos os nossos pressupostos sobre como as redes sem fio podem ser projetadas."

Os cientistas descobriram uma forma de fazer com que o equipamento que está transmitindo filtre sua própria transmissão, o que o torna capaz de processar o que está sendo recebido naquele mesmo instante.

"Quando um rádio está transmitindo, a sua própria transmissão é milhões, bilhões de vezes mais forte do que qualquer outra coisa que ele possa ouvir [de outro rádio]," explica Levi. "É como tentar ouvir um sussurro, enquanto você mesmo está gritando."

Como cada transmissor sabe exatamente o que está transmitindo, não é necessário nenhum processamento adicional para que ele saiba o que filtrar - o processo é similar ao usado nos fones de ouvido para cancelar os ruídos externos.

O grupo está agora tentando aumentar a potência das transmissões e as distâncias que a técnica alcança. Estas melhorias serão necessárias antes que a tecnologia seja prática para uso em redes Wi-Fi, por exemplo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

IPV6

Na última quinta-feira (3/2) os endereços IPs do protocolo IPv4 pararam de ser distribuídos em todo o mundo. Com isso, os Registros Regionais de Internet passarão a entregar, a partir de agora, unicamente o protocolo IPv6.

A troca é uma questão de infraestrutura. Na década de 70, quando o IPv4 foi criado, os desenvolvedores da web não tinham ideia do tamanho que a internet teria e, portanto, não se preocuparam em criar um padrão de endereços que suportasse a expansão da rede mundial.

Agora, com o crescimento exponencial da internet, esses números IPv4 estão chegando ao fim. A expectativa é de que já não exista mais disponibilidade de endereços a partir de dezembro de 2011. Então, para que a internet continue crescendo e se desenvolvendo, foi necessário criar um outro sistema de numeração, que irá comportar muito mais computadores, servidores e endereços web. Em vez dos 4 bilhões de números - usados no IPv4 -, o IPv6 suporta uma quantidade que nem sabemos falar: são 3,4x10 elevado à 38ª potencia.

Isso é extremamente positivo, uma vez que, em breve, não só as pessoas e as máquinas estarão conectadas, mas os objetos também. Segundo o coordenador de projetos do IPv6 BR, Antonio Moreiras, o mundo está entrando na era da “Internet das Coisas”, na qual geladeiras, microondas, carros e outros objetos estarão conectados à rede e cada um deles também terá seu número de IP. Com essa nova realidade, é imprescindível ampliar a disponibilidade de endereços no mundo.

Além disso, Moreiras explicou que a mudança para o IPv6 pode significar mais segurança para a Internet, pois o padrão conta com um protocolo criptografado, que pode identificar todo o caminho percorrido por cada IP. Para os usuários finais, essa mudança nem deve ser percebida. “Isso vai acontecer de forma invisível. Caso o internauta tenha um modem ou um roteador sem suporte para IPv6 será necessário comprar outro, mas isso depende da tecnologia usada. Algumas pessoas têm provedores que administram tudo e são eles que deverão disponibilizar o IPv6”, explica.