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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

IPV6

Na última quinta-feira (3/2) os endereços IPs do protocolo IPv4 pararam de ser distribuídos em todo o mundo. Com isso, os Registros Regionais de Internet passarão a entregar, a partir de agora, unicamente o protocolo IPv6.

A troca é uma questão de infraestrutura. Na década de 70, quando o IPv4 foi criado, os desenvolvedores da web não tinham ideia do tamanho que a internet teria e, portanto, não se preocuparam em criar um padrão de endereços que suportasse a expansão da rede mundial.

Agora, com o crescimento exponencial da internet, esses números IPv4 estão chegando ao fim. A expectativa é de que já não exista mais disponibilidade de endereços a partir de dezembro de 2011. Então, para que a internet continue crescendo e se desenvolvendo, foi necessário criar um outro sistema de numeração, que irá comportar muito mais computadores, servidores e endereços web. Em vez dos 4 bilhões de números - usados no IPv4 -, o IPv6 suporta uma quantidade que nem sabemos falar: são 3,4x10 elevado à 38ª potencia.

Isso é extremamente positivo, uma vez que, em breve, não só as pessoas e as máquinas estarão conectadas, mas os objetos também. Segundo o coordenador de projetos do IPv6 BR, Antonio Moreiras, o mundo está entrando na era da “Internet das Coisas”, na qual geladeiras, microondas, carros e outros objetos estarão conectados à rede e cada um deles também terá seu número de IP. Com essa nova realidade, é imprescindível ampliar a disponibilidade de endereços no mundo.

Além disso, Moreiras explicou que a mudança para o IPv6 pode significar mais segurança para a Internet, pois o padrão conta com um protocolo criptografado, que pode identificar todo o caminho percorrido por cada IP. Para os usuários finais, essa mudança nem deve ser percebida. “Isso vai acontecer de forma invisível. Caso o internauta tenha um modem ou um roteador sem suporte para IPv6 será necessário comprar outro, mas isso depende da tecnologia usada. Algumas pessoas têm provedores que administram tudo e são eles que deverão disponibilizar o IPv6”, explica.

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